29/04/2009

ao teu estar e.. ao teu ser!


Reis Esteves morreu? Não. Um homem da estirpe de Reis Esteves, para além da profunda saudade que nos deixa, lega-nos sobretudo, um passado que nos enche o coração de orgulho por termos tido a felicidade de, com ele, havermos percorrido e partilhado uma boa parte da vida, mormente na actividade política e não só, em que a honra, a seriedade e a gratidão se localizavam no topo no seu léxico de valores.

Na política, sempre foi um lutador, sem espaventos, sem fatuidade, sem verborreias impróprias de quem tem a noção do ridículo e da humildade dos grandes homens. Homem íntegro, incorruptível, era de facto, um homem grande e um grande homem.

Uma vida, pelo menos em parte preenchida e regida sob a ética inerente ao patriotismo, do qual fez seu compromisso, honrando o nobre dom e entendimento subjacente à prática dum digno militante. Para nós que o amamos, ficou o vazio da sua ausência e a eterna saudade, num espelhar da impotência humana perante o mistério da própria existência que nos coloca a todos em pé de igualdade quando confrontados com a passagem à inexistência, que desorganiza e deprime aos que sentem a perda, muitas vezes procurando-a compensar em fotos, memórias, recordações e em momentos de pranto, que em instantes voltam a dar lugar a uma saudade infinita, jamais preenchida.

Faz hoje cinco meses que partiste. E já que não estás neste mundo para ouvir as palavras que ficaram presas no meu coração, deixa-me escrevê-las para libertar as frases e as histórias que já não te poderei contar..

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