Quando uma árvore é cortada ela renasce noutro lugar." (Tom Jobim)

Apesar da dureza e da dor inqualificável de te ter pedido, penso que é fundamental crescer com a desgraça e dela extrair lições. Compreendo melhor agora que, apesar de insistirmos em comandar o nosso barco, porque achamos que temos uma ideia acerca de onde devemos ir, a “verdade é que muita da nossa pilotagem é em vão – não porque o barco não responda e não porque não sejamos capazes de descobrir o nosso destino, mas porque o futuro é, fundamentalmente, imprevisível!

Pensando no que dissemos, fizemos e sentimos, constacto que os momentos de história aqui na terra foram mais grandiosos do que pequenos.
Eles aí estão Dan,lindos e maravilhosos. Quem dera que os visses! Quero crer que os vejas aí de cima. Como homenagem, um tem o teu nome...uma gracinha da nossa filha. Vou cuidar deles... e, deixar-te descansar em paz com a certeza que jamais nos esqueceremos de ti.
Até sempre amor

Homenagem de saudade que se mantém e perdura na actualidade e no tempo. Enquanto viver, farei memória de ti.

No computador ainda está a tua fotografia em pano de fundo. Tentei apagá-la mas o amor ainda está cá dentro. Também tentei fazer o mesmo ao teu nº de telefone e não fui capaz.

Olhar-te em silêncio, poema que me recitas

Dizias tu, a tua voz melodiosa
Sem luz, sem barulho, sem movimento, somente os meus olhos nos teus, o teu mundo no meu colo, nestes braços que aprendi a amar porque só por eles, através deles, te afago, te toco, te acarinho, sobre um colchão incendiado, inferno de calor pisado pelo céu do amor.
O adeus que ficou por dizer, silêncio definitivo. Silêncio que esbofeteia, que magoa, que fere. Asfixiada pela memória de outros momentos, de outras batalhas, de outros silêncios... silêncios voláteis, que me encarceraram na despedida que agora tenho de fazer.
Por mais que a terra gire, por mais que o tempo corra e as imagens sucedam-se, vais ser sempre tu...Tu, segredo que conservo no ouvido.

Roubaste-me a alma inteira, eu guardo-te em mim, para sempre

Não importa agora dizer o bom homem que sempre foste, importa sim exaltar a maneira como sempre disseste o sim, fiel aos teus princípios, às tuas lutas, às tuas convicções, aos que te rodeavam. Importa ainda agradecer-te tudo aquilo que me ensinaste, e prometer-te que nunca mas nunca me desviarei de ti, porque o exemplo dado, foi único. A dignificação do conteúdo das tuas ideias, por vezes criticadas, postas em prática, revelaram-se brilhantes. Por tudo quanto deste ao serviço do interesse público muito obrigado.
Nós que te amamos, além de sentirmos a dor da perda da pessoa fantástica que eras e que tivemos o privilégio de privar, trazemos conosco também, a sapiência do quanto farás falta à humanidade.

Formam-te concedidas asas para o infinito!
...voa Dante, voa!
Vai de encontro ao infinito, alcança a imensidão e toma posse de tudo que conquistaste aqui na terra
Voa Dante voa, pois é findada a tua caminhada terrestre
Voa Dante voa, e em algum lugar encontra a paz, com a sensação de dever cumprido!

...é agonizante o cheiro da saudade.

Saudades

Tenho saudades dos nossos momentos de pura brincadeira, das conversas que tantas vezes não tinham qualquer nexo...
Tenho saudades da maneira como me fazias rir, da intensidade do teu olhar…
Tenho saudades dos passeios de mão dada, de maneira como me dizias, tão doce, que me amavas…
Tenho saudades dos nossos momentos de silencio, afinal entre nos não eram precisas palavras para nos entendermos…
Tenho saudades das confidências que trocávamos, dos segredos partilhados sem qualquer pudor…
Tenho saudades de encostar a cabeça no teu peito e sentir a tua respiração no meu rosto, enquanto distraidamente brincavas com o meu cabelo…
Tenho saudades de adormecer a teu lado, de sentir o teu braço a proteger-me, como se fosses o me porto seguro..
Tenho saudades dos beijos roubados, dos risos por tudo e por nada, dos olhares que pareciam dizer mais que mil palavras..
Tenho saudades de me envolver contigo naqueles beijos que faziam tudo à nossa volta parar, que faziam com que os nossos corações batessem um uníssono…
Tenho saudades de quando me agarravas pela cintura e me beijavas o pescoço…
Tenho saudades de todos os momentos que podíamos ter passado juntos e... não passámos!!!
Tenho saudades dos beijos que não demos, das palavras que não dissemos, dos olhares que não trocámos…
Tenho saudades das tardes que não passámos juntos, das conversas que não tivemos…
Sim tenho saudades, tantas saudades…
Saudades de tudo isto, saudades da pessoa que era quando estava contigo e que se perdeu, algures entre o passado e o presente…
Tenho saudades desses tempos em que sentia a felicidade toldar-me os sentidos, em que tudo em mim jubilava, saudades em que o optimismo era a palavra do dia, saudades dos sonhos que construímos juntos e que a vida fez questão de deitar por terra…

O teu momento é o meu momento também!

Partiste e deixaste-me mais leve
com o pedaço que de mim levaste,
Contudo, deixaste-me mais pesada
com as saudades que de ti carrego!

Partiste! Partiste para ocupar o melhor dos lugares que só são reservados a quem tudo fez na vida para o ganhar! E tu conseguiste!
Fica entre toda a tristeza da partida, a alegria de que só partiste fisicamente.
Sei que partiste! Sei que não vou mais ouvir a tua voz! Sei que não vou mais poder apertar a tua mão! Sei que não vou mais poder contar com a tua força! Sei!… Mas porque recordar é viver e porque tu o mereces, também sei que não morreste, vives! Partiste… deixando saudades a todos, contudo sei que continuas a olhar por nós.

Moras no céu, nas estrelas, na beleza das constelações transcendentes. Aterraste numa galáxia ímpar de louvar, enternecer e maravilhar...
Podes não estar cá, na terra... pertences ao Cosmos mas numa gota de água que cai à frente dos meus olhos vejo o teu rosto, o teu sorriso e isso reconforta-me porque sei que o olhas para mim, para nós que te amamos.

Passou um ano e eu continuo a ter a certeza de que estás por aqui algures e que aplicas uma daquelas tuas frases bem irónicas aos meus cansaços, aos meus tédios, aos sobressaltos de percurso.

Tenho tantas saudades tuas...

De mim para ti

Procurei cravos brancos para te oferecer aqui
A flor que sempre adoraste.
Apenas encontrei estes.
Aqui ficam com todo amor que sempre te tive
E terei sempre.

Passado um ano...

Passado um ano sobre a tua “apressada” partida deste Mundo (a tua única “maldade”), ficaram tão só
O vazio, O silêncio, Os porquês, A saudade E as lágrimas.
De ti, em mim, sobraram seres maravilhosos... tu sabes. Com eles, estarás sempre presente!

Fechei os olhos e imaginei o teu funeral: Mentalmente procurei-te assim por todo o lado...
E sobre a tua campa, tão gelada, o meu coração sangrou, retalhado, numa saudade profunda e amargurada!
Foi difícil, tenebroso e ao mesmo tempo comovente ver toda a gente despedir-se de ti... Sim todos estavam lá.. oh que disparate é óbvio que tu sabes isso.
Nesse simples gesto senti uma revolta e raiva sufocantes, uma angústia prolongada pelo tempo, uma eterna ânsia de voltar a ver o teu sorriso...

É confuso ver raízes promissoras de futuro partirem na noite escura...
A dor cravada na face de todas as pessoas, o desespero presente na minha vida e no rosto daqueles que te amam abre-se um fosso de silêncios cerrado pelo vazio... Tudo parece moribundo, estúpido e inútil... Silêncio absoluto.. O silêncio diz tudo é o acorde de uma sinfonia inacabada, é o mais antagónico de todos os sons.
Medito sobre o que se passou... tento combater a incerteza com uma arma carregada de nadas.
Quem me dera mudar o inútil que se adivinha e transformá-lo num renovado amanhecer para ti... acreditar que estás bem e que nada está perdido neste mundo estranhamente estranho.
Mas de repente a bela manifestação de solidariedade revela-se completamente infrutífera e vã – partiste para uma viagem sem retorno. Caio na realidade e sinto a inconstância da vida humana, o arrastar silencioso de sonhos eternos para sempre adiados. E neste infinito fim que nos alcançou guardo uma lágrima vinda do fundo, guardo um sorriso virado para o mundo, guardo um sonho que nunca chegou, guardo os defeitos que me atam ao chão, guardo muralhas feitas de cartão…e levo-te a ti sempre comigo…”
Quem dera ter onde protestar mas a verdade é que não tenho.

"Partem cedo aqueles que os deuses amam"

Grandeza e valorosas obras e actos do Dante, são de forma sublime esboçadas nesta sentida mensagem, por mim, que muito o amei e admirei, já o libertaram da implacável lei do esquecimento, mantendo bem viva, doravante, em todos nós, os que tiveram a sorte de o conhecer, ainda que só pelos seus actos ou intervenções. Será uma lembrança do testemunho de lucidez, saber, rigor, frontalidade, lealdade, grandeza que em cada momento ele nos foi deixando.

Entre sentimentos confusos de tristeza e saudade, fica-me sem dúvida um profundo sentimento de perda. Perda de um Grande Homem e de um Grande Amigo. A sua inteligência e cultura o seu sentimento de justiça, a sua exigência e a sua frontalidade tornavam-no uma pessoa muito especial.

A tua morte abre uma tremenda ausência – o meu mundo ficou muito mais pobre sem a tua presença vibrante e vigorosa

Ao passar pelos caminhos que trilhamos
Há memórias que bem vivas permanecem
Tão vivas e tão reais que até parecem
Que foi hoje a ultima vez que ali passaste
Recordar-te é sentir segurança na minha existência!

O teu nome é a minha inspiração

Dez meses após a tua morte com uma tristeza no coração, deixo-me ficar aqui, sentada no jardim onde te encontro nos meus sonhos de mel.
Não me lembro de te ver partir, mas sinto o sabor dos beijos que me deste. Nas mãos, guardo o perfume da alegria que sem saberes me ofereceste nas palavras que o silêncio pronunciou.

Perdida entre momentos e fantasias converso com a Lua e faço confidências às estrelas, falo-lhes da magia que escreveste na minha alma, e releio-lhes a paixão que a tua boca deixou na minha pele.

Folheio as páginas do Universo, reflicto o instante que parou ali, salto a eternidade e abro o livro que escrevo todos os dias nas folhas brancas da vida.
Extraviadas na eternidade dos séculos, descubro páginas amarelecidas, escritas pela mão do tempo, partes perdidas da nossa história de amor.

No verso de uma delas encontro-te, estás no jardim dos meus sonhos, sorris, esperas por mim numa linda noite de Lua Cheia, na mão... tens a flor do Amor...

Num deserto sem água, numa noite sem lua, numa terra nua por maior que seja o desespero, nenhuma ausência é maior que a tua...
O teu nome é a minha inspiração, recordar-te é saber viver. Num quê de sabedoria, cada dia aprendo a viver.
Até um dia querido

Parabéns Dante

Se tudo fosse diferente, hoje cantar-te-ia os parabéns
Se tudo fosse diferente
... e lá vêm as recordações
Tu dirias: . "Foste a 1.ª», ou «desta vez atrasaste-te foste a 2.ª»
Se tudo fosse diferente e como queria ser sempre a primeira esperaria pela meia noite e telefonava-te.
Este ano, o aniversário será triste, não te canto os parabéns, meus olhos vertem lágrimas por ti
Olho para uma estrela e baixinho digo: onde quer que estejas parabéns Dante
Recordar-te… ainda me faz sorrir!

Sabes o quanto me fazes falta?

Não sei quanto tempo se vai arrastar o tempo atrás desta saudade que não consigo superar. Por isso, escrevo-te esta carta, porque mesmo não estando aqui, és o único que a entenderá…

Sabes, fazes-me falta… São 3,11h da madrugada.
Os sons são mais íntimos, as solidões mais fundas, as paixões são mais ardentes e inevitavelmente as dores mais insuportáveis.

Que fazer ao silêncio? Continuo presa... no silêncio da minha dor, e nesta madrugada, em que o meu sono é agitado, acordei simplesmente porque tu partiste mais cedo, e mesmo que eu tentasse dizer-te, não vás, ainda é cedo, seria uma súplica vã, porque tu já não ouves, tu já partiste!
Assim, abandonada pelo sono, vim tentar encontrar as palavras, essas que quase nunca me deixam, e que rodopiam perante os meus olhos: sei que me amaste, eu sei que me amaste!

E são nestes momentos em que, mais alto que a própria voz, ouço, nem sempre de forma cordata, os resmungos da consciência e os conselhos místicos do coração, as técnicas de defesa que desenvolvi no fundo de minha alma e que por habituação comparo, ao "chá frio" que diariamente partilho com a tua imagem... tão viva ainda na minha mente. Decido então embrulhar o silêncio num sorriso mesmo que forçado e seguir em frente... Embrulhar as recordações e desembrulhá-las à medida das necessidade.

Sabes, fazes-me falta…
Sabes o quanto me fazes falta? Eras o peso que fazia equilibrar a balança dos meus dias difíceis. Eras a cafeína que dava energia às minhas horas lentas. Eras o açúcar que dava sabor ao bolo da minha vida.
Agora que já não estás aqui para temperar as minhas emoções e sentimentos, sinto-me vazia e não consigo preencher essa solidão que me submerge, quando acordo todas as manhãs sabendo que não voltarei a ver-te, cheirar-te, sentir-te…
Poucos compreendem porque não supero a tua ausência, mas como explicar-lhes? Como fazer sentir no coração dos outros aquilo que só o meu abrange?

Um grito de alma que se ouve do outro lado do mundo!

Tantas vezes escrevo para ti sem pensar naquilo que no papel está escrito, escrevo apenas o que me vai na alma e no coração! Escrevo a saudade que relembra os nossos dias, as lembranças que me aquecem o coração. Nos momentos mais difíceis relembro os sorrisos que partilhamos, as lágrimas que secamos e os momentos que nos acompanharam.

Partiste, e o sonho transformou-se num pesadelo constante e, oito meses depois, ainda não acordei mas sinto que fiquei amputada para o resto da vida.

Partiste... e sobre mim cerrou-se a escuridão
Como hei-de eu dar tréguas à minha dor
E recalcar no peito esta amarga saudade?
Partiste...
Contigo foi tudo...
Deixaste aqui a tua marca,
deixaste lições de vida, lições de amor,
deixaste sementes
ficando no solo da sabedoria...

Lágrimas de dor…
Pela saudade que sinto.
Lágrimas de dor…
Pelo amor que perdi.
Lágrimas de dor …
Pela tua partida.
Lágrimas de dor…
Pela tristeza enraizada.
Lágrimas de dor…
Por um "Adeus" dito para sempre.
Lágrimas de dor…
Lágrimas de desespero…
Lágrimas e mais lágrimas…
Sentimentos que matam,
Corroem…
Sentimentos que existem
Sentimentos que dilaceram…

A minha vela... para ti