29/05/2010

Olhar-te em silêncio, poema que me recitas


Dizias tu, a tua voz melodiosa
Sem luz, sem barulho, sem movimento, somente os meus olhos nos teus, o teu mundo no meu colo, nestes braços que aprendi a amar porque só por eles, através deles, te afago, te toco, te acarinho, sobre um colchão incendiado, inferno de calor pisado pelo céu do amor.
O adeus que ficou por dizer, silêncio definitivo. Silêncio que esbofeteia, que magoa, que fere. Asfixiada pela memória de outros momentos, de outras batalhas, de outros silêncios... silêncios voláteis, que me encarceraram na despedida que agora tenho de fazer.
Por mais que a terra gire, por mais que o tempo corra e as imagens sucedam-se, vais ser sempre tu...Tu, segredo que conservo no ouvido.

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