16/01/2009

Foi um livro d'ouro, um bom livro que se fechou colhido a meio da faena da vida, pela cornada da morte Negra


Foi um homem excessivo, muitos o reputam e, creio, com razão: «excessivamente» inteligente, culto, frontal, laborioso, leal e amigo, tudo nele eram qualidades maiores.

Não creio ser ainda possível aquilatar quanto se perdeu com a sua morte, não só em razão da imensidão do que dele havia a esperar como, rigorosamente, do ror de frutos que a sua inteligência rara, a sua cultura vasta e o seu afinco prodigioso já haviam dado.

Personalidade ímpar e complexa, nele é difícil, quando não impossível, destacar a sua dimensão maior. Tanto assim que nós, que beneficiámos da sua amizade e da sua companhia, num momento sentimo-nos distinguidos com a sua dimensão fraternal, noutro gratos com a generosidade do seu imenso saber, noutro beneficiados com a ponderação da sua atitude, noutro impressionados com o seu rigor, noutro, ainda, para sempre divertidos com o seu cativante sorriso.

Tendo partido ficará sempre connosco.

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