29/11/2009

Passado um ano...


Passado um ano sobre a tua “apressada” partida deste Mundo (a tua única “maldade”), ficaram tão só
O vazio, O silêncio, Os porquês, A saudade E as lágrimas.
De ti, em mim, sobraram seres maravilhosos... tu sabes. Com eles, estarás sempre presente!

Fechei os olhos e imaginei o teu funeral: Mentalmente procurei-te assim por todo o lado...
E sobre a tua campa, tão gelada, o meu coração sangrou, retalhado, numa saudade profunda e amargurada!
Foi difícil, tenebroso e ao mesmo tempo comovente ver toda a gente despedir-se de ti... Sim todos estavam lá.. oh que disparate é óbvio que tu sabes isso.
Nesse simples gesto senti uma revolta e raiva sufocantes, uma angústia prolongada pelo tempo, uma eterna ânsia de voltar a ver o teu sorriso...

É confuso ver raízes promissoras de futuro partirem na noite escura...
A dor cravada na face de todas as pessoas, o desespero presente na minha vida e no rosto daqueles que te amam abre-se um fosso de silêncios cerrado pelo vazio... Tudo parece moribundo, estúpido e inútil... Silêncio absoluto.. O silêncio diz tudo é o acorde de uma sinfonia inacabada, é o mais antagónico de todos os sons.
Medito sobre o que se passou... tento combater a incerteza com uma arma carregada de nadas.
Quem me dera mudar o inútil que se adivinha e transformá-lo num renovado amanhecer para ti... acreditar que estás bem e que nada está perdido neste mundo estranhamente estranho.
Mas de repente a bela manifestação de solidariedade revela-se completamente infrutífera e vã – partiste para uma viagem sem retorno. Caio na realidade e sinto a inconstância da vida humana, o arrastar silencioso de sonhos eternos para sempre adiados. E neste infinito fim que nos alcançou guardo uma lágrima vinda do fundo, guardo um sorriso virado para o mundo, guardo um sonho que nunca chegou, guardo os defeitos que me atam ao chão, guardo muralhas feitas de cartão…e levo-te a ti sempre comigo…”
Quem dera ter onde protestar mas a verdade é que não tenho.

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