22/12/2008

Há momentos na vida que são difíceis de expressar em palavras e «as lágrimas seriam mais eloquentes».


Certa de que tudo o que se diga não passam de mil palavras, a verdade é que há muito para dizer. A vida e a obra de Reis Esteves marcaram uma época cujos interesses defendeu com determinação ao longo dos 33anos que com ele privei. Homem de ideias íntegras, deixou um cunho solidário atrás de si.

Dinâmico e empreendedor colocou um espírito filantropo em todas as suas acções. Visto como um «grande e exemplar homem», nunca fugiu à frontalidade e disso nem todos gostavam, mas um líder, como ele era, tinha de a ter. Para o bem e para o mal. Uma virtude de carácter para a qual nem todos recebem genes. Também por isso, nem todos assumem lideranças. Tenho a certeza que foram muitos os que associaram ao momento de dor dos entes queridos e que todos se esforçaram por conter as lágrimas, mas houve quem se deixasse vencer pela certeza da perda de uma «figura ímpar».

«O que me existes neste instante, não é decerto o que foste. O que me existes é o que em mim te faz existir. Vou fazer-te existir na intensidade absoluta da beleza, na eternidade do teu sorriso. Vou fazer-te existir na realidade da minha palavra. Da minha imaginação». Há, de facto, palavras que valem mil imagens…

Eu fico com o sonho de te ver cada vez que fecho os olhos, revejo a o sorriso maroto quando te dei o fio de ouro envolto naquele poema, afinal de contas eu fico contigo sem mesmo saber onde te ver. Vou ficar com o teu nome em silêncio ao mesmo tempo vou esquecer as palavras todas que não te disse e em cada batida do meu coração saberei de ti.

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